"Dia Internacional da Biodiversidade"
A Convenção das Nações Unidas (ONU) determinou o ano de 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade. Desde janeiro, eventos no mundo todo estão sendo realizados para alertar sobre a importância de preservar as espécies. Com o tema Biodiversidade, Desenvolvimento e Luta contra a Pobreza, vários países celebraram, no último sábado (22), o Dia Internacional da Biodiversidade. Apesar de a data ser para comemorações, as reflexões a respeito da importância e da urgência das questões relativas à extinção de espécies, serão prioridade.
De acordo o Subprocurador Geral da República, Mário José Gisi, membro da 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, a biodiversidade no Brasil e no mundo está cada vez mais ameaçada e não se vê melhoras, apesar da legislação. O número de espécies ameaçadas de extinção continua a crescer. Há uma lista com 16 mil espécies no mundo - de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) já são 17.291 ameaçadas no mundo, dentre as 47.677 avaliadas - de plantas e animais ameaçados, que deveria, ao menos, ser estabilizada com as legislações. Mas isso não acontece porque o problema não é enfrentado seriamente, explica Gisi.
No Brasil, a lista vermelha do Ministério do Meio Ambiente (MMA) das espécies que podem desaparecer catalogou, em 2008, 627 espécies da fauna e 472 da flora do país. Mário comenta que não há uma perspectiva positiva nessa questão e que os principais fatores que contribuem para o aumento da lista são o uso exagerado de agrotóxicos, o desmatamento desenfreado e a inviabilização dos habitat naturais.
Sobre o novo Código Florestal
Programado para ser votado pelo Congresso Nacional, o novo Código Florestal Brasileiro vem causando polêmica e muita discussão entre parlamentares e especialistas. Sobre este assunto, o subprocurador critica a proposta, pois a atual pretensão de mudança do código florestal brasileiro, defendido pela bancada ruralista do congresso, considera unicamente os fatores econômicos e não leva em consideração a manutenção da dinâmica biológica mínima para a manutenção da vida, aponta. Segundo ele, a nova legislação pretende aumentar ainda mais o poder do setor agrícola.
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